terça-feira, 26 de julho de 2011

bisfenol-A e o funcionamento hormonal

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia reuniu no final de 2010 cerca de 80 pessoas, entre médicos e autoridades públicas, para debater e divulgar informações sobre um tema preocupante: a interferência de certos componentes químicos — com destaque para o bisfenol-A no funcionamento hormonal.

“Presente no revestimento de latas, em embalagens e utensílios plásticos e até em alguns tipos de mamadeira, o bisfenol-A ganha o corpo pela boca e, no organismo, atua nos receptores do hormônio feminino estrogênio, simulando sua função”, esclarece a endocrinologista Marise Castro. E aí o desequilíbrio se instala. Ainda não há provas definitivas para condenar os recipientes que liberam bisfenol-A. Por via das dúvidas, uma série de empresas multinacionais vem tomando providências para banir o composto potencialmente nocivo de seus produtos.

A grande preocupação dos especialistas é o consumo cumulativo de bisfenol-A, já que são inúmeros os alimentos disponíveis no mercado embalados com materiais que desprendem a substância. 

Se o componente em questão é suspeito de fazer mal à saúde de todo mundo, existe um grupo ainda mais vulnerável aos seus efeitos danosos: o das gestantes. “O bisfenol-A se concentra cinco vezes mais no líquido amniótico da grávida”, avisa o endocrinologista Francisco D’Abronzo. 

Quem pretende ter filhos também é vítima em potencial desse agressor. “Sua ação estrogênica favorece o desenvolvimento de endometriose”, diz Marise. Trata-se do crescimento anormal do tecido que reveste o útero fora dessa cavidade, o que dificulta a gestação.

Pessoas com histórico familiar de problemas de tireóide e mulheres com parentes de primeiro grau que tiveram câncer de mama também precisam redobrar a precaução. “O bisfenol-A tem uma estrutura parecida com a da tiroxina, o hormônio tireoidiano. Por isso, uma vez consumido, pode desregular a glândula”, justifica Marise. “E, por agir como estrogênio, desconfia-se de que o composto esteja envolvido no tumor mamário”, completa.

“Há ainda estudos que apontam o bisfenol-A como um dos responsáveis por uma lista extensa de complicações que inclui alterações no tamanho da próstata e nos ovários, puberdade precoce no sexo feminino, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e obesidade”, acrescenta o químico Peter Rembischevski. Dificilmente conseguiremos nos livrar por completo desse inimigo no dia a dia enquanto a indústria não o abolir de suas embalagens e seus produtos. A boa notícia, porém, é que é possível reduzir a ingestão com alguns cuidados na hora de armazenar, servir e preparar alimentos. A prevenção começa no supermercado, na hora de comprar utensílios, e continua no momento de saborear uma refeição.
Adotar as precauções abaixo ajuda a resguardar você e sua família da exposição ao bisfenol-A

- Ao adquirir produtos enlatados, confira se estão íntegros, sem amassados;
-  Descarte utensílios de plástico lascados ou arranhados. Evite esfregá-los excessivamente com bucha e detergente ou colocá-los na máquina de lavar louças;

- Tente substituir pratos, copos e outros utensílios de plástico. Dê preferência ao vidro, à porcelana e ao aço inoxidável para armazenar bebidas e alimentos;
 - Não esquente embalagens plásticas no microondas, exceto se forem fabricadas especificamente para esse tipo de forno;
- Não coloque itens comestíveis quentes em canecas ou recipientes plásticos;

- Preste atenção no símbolo de reciclagem. Essa informação costuma ser estampada no fundo da embalagem. Associada a ele, há sempre uma numeração. Procure evitar as que sejam classificadas como 3 ou 7, que podem apresentar maior concentração de bisfenol-A;
- Não deixe os líquidos que for ingerir em contato com o plástico por longos períodos;

- Atenção especial às mamadeiras: evite as de policarbonato. Opte pelas de polietileno.

Sua saúde agradece!

Fonte: Revista Saúde
Para saber mais:

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Benefícios da canela

A canela (Cinnamomum verum, C. zeylanicum) é um condimento utilizado por chineses há 4.000 anos e possui algumas propriedades muito interessantes para a saúde. Praticamente não tem calorias e é rica em antioxidantes.
Um dos principais benefícios da canela é o auxílio do controle da glicemia em diabéticos ou em indivíduos com resistência à insulina, que possuem maior risco de se tornarem diabéticos, ou mesmo no controle da glicemia de indivíduos saudáveis. A canela auxilia reduzindo o tempo de esvaziamento gástrico, bem como da glicemia após a ingestão de uma refeição.

Alguns estudos indicam também diminuição do colesterol e de triglicérides com o uso da canela, mas não é conclusivo, o que faz com que a canela possa ser utilizada como coadjuvante neste controle, mas não como terapia principal. Além disso, por ter ação antioxidante e antiinflamatória, há a possibilidade de outros benefícios para a saúde com a ingestão de canela, como a ação em doenças como a síndrome de ovário policístico, obesidade e em esclerose múltipla, assim como em outras doenças ainda não estudadas.

A dose testada nos estudos varia de 1 a 6g de canela em pó por dia, consumida junto ou imediatamente após as refeições.

Outro benefício é a sua ação antimicrobiana, promovida pelo óleo essencial. Atualmente a canela começa a ser pensada como uma possibilidade de conservação de alimentos, já que inibe o crescimento de diversas bactérias.

sábado, 16 de julho de 2011

Produto Dietmax tem propaganda e venda suspensas pela Anvisa

Produto é ilegal, afirma a agência,  ineficiente, diz endocrinologista e também imagens de artistas são usadas sem autorização.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou no Diário Oficial do dia 5 de julho a suspensão da propaganda e da venda de DietMax no Brasil. Trata-se de um produto para EMAGRECER vendido pela internet que se autodenomina fitoterápico e promete perda de peso rápida e de forma natural.
Segundo a Anvisa, o produto é ilegal e não possui registro - todo fitoterápico precisa do aval da agência. Ele é vendido no País desde abril e diz que a pessoa pode perder até 11 quilos em quatro semanas. Em uma das propagandas divulgadas no Facebook, o DietMax usa imagens da cantora Ivete Sangalo e da atriz Juliana Paes, dizendo que elas perderam 15 quilos após usarem o produto.
Ambas negam terem usado o emagrecedor e não autorizaram o uso da imagem.
Ao clicar no link com as imagens de Ivete e Juliana, o consumidor é direcionado para uma página que teve o domínio registrado em Tuvalu, uma ilha no Pacífico. Nesse site, aparecem supostas reportagens que teriam sido publicadas elogiando o DietMax - o que pode induzir o consumidor a erro.
Essa página leva ao site oficial do DietMax, onde a compra é efetivada. Cada pote custa R$ 98 e demora cerca de 20 dias para chegar. A empresa responsável pelas vendas no Brasil é a Nutralogistic, com sede em Curitiba. Mas seu CNPJ indica que ela faz consultoria em gestão empresarial e comércio atacadista de equipamentos de informática - nada relacionado efetivamente a vendas de produtos de saúde.

Segundo Ricardo Guimarães, representante de vendas no Brasil, o DietMax é composto por psyllium, quitosana, biotina, gelatina e glicerina umectante. "A quitosana tem a capacidade de eliminar os adipócitos (células de gordura), o psyllium auxilia na moderação do apetite", diz.

A endocrinologista Gláucia Carneiro, do ambulatório de Obesidade da Unifesp, diz que nenhum desses compostos é capaz de atuar no emagrecimento.
"Se existisse algum produto que eliminasse os adipócitos, seria a cura da OBESIDADE no mundo", afirma.
Vamos ficar de olho pessoal!

Fonte: Conselho Nacional de Nutrição.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Gordura retirada na lipoaspiração volta em outras partes do corpo dentro de um ano

Uma lipoaspiração pode reduzir a gordura de coxas e quadril mas com o tempo trazer novas curvas não desejadas, diz um estudo da Universidade de Colorado, nos EUA. A pesquisa, publicada esse ano no periódico "Obesity", mostrou que em um ano a gordura retirada das coxas volta a se acumular na parte superior do abdome e nos braços.
Para demonstrar sua tese, os pesquisadores selecionaram 32 mulheres com idade entre 18 e 50 anos, saudáveis, não sedentárias e um pouco acima do peso, interessadas em fazer uma lipoaspiração. Elas poderiam retirar no máximo 5 litros de gordura. Dessas 32 mulheres, 14 passaram pelo procedimento, retirando gorduras subcutâneas da parte baixa da barriga, das coxas e dos quadris. As demais não fizeram nenhum procedimento emagrecedor. Formaram um grupo de controle, usado pelos pesquisadores para comparar com as que fizeram lipoaspiração. Todas foram orientadas a não alterar o estilo de vida. Elas relatavam estar com o peso estável por pelo menos três meses e manter uma dieta frugal de 1.700 calorias, em média. Por isso, era de esperar que seu peso se mantivesse inalterado nos meses seguintes.
Examos foram realizados em três momentos para  monitorar as alterações no peso e na composição corporal de todas as mulheres: após seis semanas, seis meses e ao final de um ano.
O resultado foi que, um ano depois, as mulheres que haviam feito a lipoaspiração tinham recuperado quase toda a gordura retirada. O efeito estético adquirido logo após a cirurgia (classificado como “fabuloso” pelos pesquisadores) tinha sido preservado nas coxas e nos quadris. Mas a gordura tinha voltado, preferencialmente na barriga. Além disso, a gordura visceral, aquela que fica entre os órgãos, também apresentou tendência de aumento maior nas mulheres que fizeram lipoaspiração do que no grupo de controle. Essa gordura é mais comum nos homens. É mais perigosa para a saúde e não é removida na lipoaspiração.
Além do acúmulo de gordura em outros lugares, a lipoaspiração pode ter outras consequências. Um estudo da SBCP-SP, mostra que, quando a retirada de gordura passa de três litros, os níveis de substâncias do corpo que sinalizam inflamação sobem bastante.
Então para melhorar a composição corporal, diminuindo gordura e aumentando massa magra, nada melhor do que a combinação de exercícios e uma alimentação equilibrada! O nosso corpo agradece!